segunda-feira, 2 de junho de 2008

E quando não podemos amar o que amamos
E quando não devemos sentir o que sentimos
E quando não sabemos calar o que calamos
E quando e quando e quando
Dói saber e sentir a poesia dizendo um bando
O silêncio em metáforas de desdizeres soando
-Eu te darei o céu, meu bem
E o meu infinito particular inferno também
(Solidão entre a lágrima e a luz vai muito além)

E quando a paixão platônica é inevitável
E quando o pacto de amor e morte é letral
E quando o implícito é claro nos olhos
E quando e quando e quando
Dói sentir o amor inenarrável se revelando
-Eu te darei o céu, meu bem
E que tudo mais vá para o inferno ou além
(Solidão une sombra e escuridão que dói aquém)

E quando não dá mais pra calar o amor sentido
E quando não conseguimos mais evitar o abismal
E quando a loucura cria castelos de açúcares
E quando e quando e quando
Dói sentir um imenso amor se impossibilitando
-Eu te darei o self, meu bem
E as flores do jardim de nossa casa sempre sem
(Solidão é um vaso com violeta de lágrima zen)

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